Durante uma revista realizada nesta quarta-feira (29) no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no km 8 da BR-174, foi encontrada uma cela com estrutura de "luxo" na unidade em Manaus. O local possui piso cerâmico, eletrodomésticos, frigobar e estoque de alimentos.
A situação foi constatada durante operação do Exército e da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Em março, no mesmo presídio, havia sido encontrada uma outra cela com estrutura semelhante, onde ficava o líder de uma facção criminosa do estado.
Questionado sobre de quem seria a cela "especial" encontrada nesta quarta, o secretário de Segurança Pública do Estado, Sérgio Fontes, disse que caberia à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) dar esclarecimentos sobre a situação.
"É nosso direito e obrigação fazer essas revistas. A situação da cela deve ser perguntada para o secretário de Administração Penitenciária, pois isso foge à minha competência", afirmou.
O titular da Seap, Louismar Bonates, não acompanhou as primeiras horas da operação de revista, segundo Fontes. A assessoria de comunicação da Seap comunicou que ele esclarecerá a situação em coletiva de imprensa a ser realizada na tarde desta quarta.
Segundo Fontes, também havia na cela uma grande quantidade de carnes, peixes e outros alimentos.Armas e comida armazenada
"Encontramos uma cela com porcelanato, vários freezers com comida, churrasqueira, televisão e muitos estoques [armas artesanais]", disse o secretário de Segurança.
"Se for a mesma cela descoberta este ano, deveria ter sido desativada. Está lá funcionando ainda. Cela com equipamentos que não deveriam ter, porque diferencia um preso do outro", afirmou o secretário.
A cela descoberta em março era utilizada pelo narcotraficante e líder de uma facção criminosa do Amazonas, João Pinto Carioca, conhecido como "João Branco". Ele conseguiu fugir do Compaj em março e continua foragido. O diretor da unidade prisional foi exonerado na época.
Operação
Na Operação Varredura realizada no Compaj foram usados equipamentos detectores de metal, que tinham sido utilizados em missões no Haiti e em na ocupação do complexo de favelas da Maré no Rio de Janeiro.
Na Operação Varredura realizada no Compaj foram usados equipamentos detectores de metal, que tinham sido utilizados em missões no Haiti e em na ocupação do complexo de favelas da Maré no Rio de Janeiro.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), 40 homens do Exército e 122 policiais da Tropa de Choque e Força Tática participaram da operação, que teve início às 6h.
Segundo o Exército, são usados dez aparelhos durante a operação. Eles chegaram a Manaus no domingo (26). Os detectores já foram usados em áreas de conflito e esta é a primeira vez que são utilizados na capital amazonense.
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