Um caso macabro e revoltante. Esse é o sentimento compartilhado pela população de Garanhuns, ainda chocada com o triplo homicídio praticado contra pessoas de uma mesma família, no último domingo. Ontem, um dia após a prisão do terceiro envolvido no caso, a Polícia Civil foi avisada de que o túmulo onde estava sepultado o corpo de uma das vítimas, a menina Vanessa Soares Leal, de 11 anos, havia sido violado. Quando os policiais chegaram ao cemitério São Miguel encontraram o cadáver fora do caixão e a cerca de 70 metros do local onde estava enterrado.
O corpo de Vanessa estava despido, com a barriga aberta e as vísceras expostas, fato que leva a polícia a acreditar que o cadáver tenha sido violentado sexualmente. O corpo da menina morta foi arrastado até o muro que separa o cemitério da BR-424. No trajeto, os cabelos dela foram caindo e ficaram espalhados pelo terreno do cemitério. O túmulo violado tem duas gavetas. Na de cima estava o corpo de Vanessa e a inferior abrigava o caixão da mãe dela, Sônia Santana, 38, mas este não chegou a ser aberto. Ainda na noite de ontem a polícia prendeu um suspeito de ter violado o túmulo.
O titular da 1ª DP de Garanhuns, delegado Manoel Martins, aventou a possibilidade do corpo de Vanessa ter sido utilizado num ritual de magia negra, já que foram encontrados objetos como velas pretas e vermelhas e um prato de barro a menos de cinco metros de onde o corpo foi deixado. “Vamos aguardar o resultado do laudo pericial para comprovar se houve ou não necrofilia (estupro em cadáver). O corpo também pode ter sido usado num culto macabro, mas ainda estamos investigando”. Os peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru estiveram ontem à tarde no cemitério e recolheram o material para ser periciado.
CORPOSOs corpos foram encontrados pela polícia no último domingo, num matagal próximo à residência da família, que fica no bairro de Manoel Chéu, um dos mais violentos de Garanhuns.
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