sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O difícil caminho do PT estadual até as eleições



O PT de Pernambuco caminha para uma composição com o senador Armando Monteiro Neto (PTB) para a disputa do governo do estado. Depois de uma mobilização interna intensa, com a defesa de candidatura própria, a tese de apoio ao pleito do petebista passou a ser vista como a solução mais plausível.

 A justificativa é a falta de um nome com peso eleitoral e capacidade para unir a militância em torno de um projeto próprio. O nome do deputado federal João Paulo chegou a ser ventilado para a missão, mas ele deixou claro que não pretende encabeçar a majoritária.

O mesmo vale para o senador Humberto Costa, apesar de ele não encantar a maioria dos petistas por causa da derrota sofrida no Recife, em 2012, quando o candidato socialista Geraldo Julio foi eleito, pondo fim a 12 anos de gestão petista na capital pernambucana.

O apoio do PT a Armando Monteiro agrada ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff. A postura também é defendida pelo presidente nacional da sigla, Rui Falcão. Apesar disso, o dirigente disse que caberá aos petistas de Pernambuco decidir sobre o apoio ou não.

A única voz discordante, até o momento, é a do presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, que colocou o próprio nome para a disputa. A presidente estadual do PT, Teresa Leitão, prefere não gerar polêmica em relação à proposta de Barreto. Segundo ela, as discussões estão ocorrendo, e no dia 15 de março haverá uma posição. Nessa data, será realizado o Encontro Estadual de Tática Eleitoral. “Vamos, sim, definir essa situação”, ressaltou Teresa, depois de admitir que o quadro não é dos mais fáceis.

 O encontro terá a presença de 300 delegados do partido. Cargos A discussão em torno do futuro do partido ocorre em meio a um desgastante debate sobre a entrega de cargos nas gestões socialistas. A recomendação dos diretórios nacional e estadual é que os filiados deixem qualquer cargo no governo do estado e nas prefeituras do Recife e de Paulista.

 Teresa Leitão acredita que será encontrada uma solução rápida para o problema. O secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja, discorda. Ele não dá previsão de quando deixará o cargo no governo municipal. Para ele, o embate entre PT e PSB é nacional e, por isso, não tem por que influir na questão municipal. “Já perdemos muito em 2012 com essas intervenções.

É uma pena que estejamos indo pelo mesmo caminho”, disse o petista, lembrando a decisão da Executiva Nacional de impedir a candidatura de João da Costa à reeleição no Recife. O senador Armando Monteiro (PTB) mantém a posição de não interferir nas discussões do PT. Procurado pelo Diario, ele informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai esperar os petistas definirem a posição a ser adotada durante a disputa. Ele mantém a posição de apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição.

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Cargos

Apesar das determinações nacional e estadual para a entrega dos cargos nas gestões socialistas em Pernambuco, ainda há resistência entre os petistas Unidade Rachados desde a eleição fracassada no Recife, dirigentes da sigla fizeram acordo de convivência pacífica, mas a unidade ainda não foi conquistada

Chapa proporcional

 O partido sofreu baixas com as desfiliações de deputados estaduais e federais no ano passado. Trabalha agora para repor a bancada e, talvez, ampliá-la

Chapa majoritária

A sigla sonhava com o lançamento de candidatura própria, mas deve apoiar Armando Monteiro. A discussão, agora, gira em torno da indicação de nomes para a majoritária

Lula

O ex-presidente anunciou que vem a Pernambuco para pedir votos para Armando Monteiro, mas será preciso, para isso, a pacificação dentro do PT

 Diario de Pernambuco - Diários Associados

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