O padre Marcelo Rossi é conhecido pela capacidade de tocar o coração das pessoas com suas palavras. As missas que celebra aos domingos são lotadas, o programa de rádio dele tem mais de 15 milhões de ouvintes em todo o Brasil e o seu livro “Ágape”, lançado em agosto do ano passado, é um fenômeno editorial e já vendeu 2 milhões de exemplares. O lançamento da publicação ocorreu nesta quarta-feira (2), na Livraria Cultura, no Recife
Filas quilométricas se formaram no entorno do Paço Alfândega, vizinho à livraria, com pessoas aguardando para ter o livro autografado pelo religioso. O auditório da loja também estava lotado e, em vários momentos, o padre interrompeu a assinatura dos livros para cantar junto com os fiéis que o acompanhavam.
Em visita ao Estado para lançar a obra, Marcelo Rossi explica por que escolheu uma palavra grega para titular um livro que trata do amor divino. “Em português, a palavra ‘amor’ infelizmente se banalizou. No grego, temos o ‘eros’, que é o amor do tipo paixão; ‘filia’ é o amor filial, que é legal, mas Deus propõe outro amor, o ‘ágape’, um amor incondicional, sem limite e generoso”, afirma.
Ele explica que ideia de escrever o livro surgiu em um momento em que ele não estava muito bem. “Quebrei minha perna correndo na esteira e ainda estou com uma bengala. Eu soube que ia receber um prêmio do Papa no dia 26 ou 27 de abril e me machuquei no dia 29. Os médicos disseram que eu não ia poder receber prêmio nenhum, mas eu fui pela fé e recebi o título de evangelizador moderno, dei os escritos para o Papa e ele me falou: ‘Continue, meu filho’. Para mim, era um diário. Aí o pessoal da Editora Globo disse: ‘vamos fazer’. Fizemos e é isso aí o que está acontecendo”, explica.
O padre afirma que essa obra ajuda as pessoas a encontrar o amor divino. “É incrível o que o ‘Ágape’ tem feito. As pessoas têm uma nova visão da vida e descobrem que Deus tem um amor especial por nós, que é o ágape. E, quando você mostra o ágape, a mãe começa a olhar direito para o seu filho, a pessoa que está no vício começa a tomar conta, então vai mudando. O livro mostra uma visão, mostra que existe uma luz no final do túnel”, revela.
Marcelo Rossi afirma que dorme apenas seis horas por dia e trabalha em todo o restante do tempo. Já fez dois filmes, programa um terceiro e já vendeu 12 milhões de discos. “É tudo obra de Deus. Nada foi programado. Sofri muitas críticas da Igreja dizendo que eu era um artista. Mas eu sou padre. E o Papa reconheceu isso”, afirma.
A renda obtida com as vendas do livro “Ágape” é revertida integralmente para a construção do Santuário da Igreja Apóstólica Católica Romana. “Vai ser um santuário para 100 mil pessoas e um lugar que vai marcar São Paulo e onde vai estar a minha cripta”, conta o padre.
Da Redação do pe360graus.com
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