sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Ministério Público impede uso de Toyota e estudantes ficam sem transporte no Agreste
A maior parte dos 39 mil moradores de Bom Jardim, Agreste de Pernambuco, utiliza a Toyota. Este tipo de veículo alternativo é até comum no interior do Estado. Mas o Ministério Federal recomendou que a Prefeitura não use mais as Toyotas para transportar estudantes, já que segundo o Código Nacional de Trânsito os veículos devem transportar cargas e não pessoas.
A denúncia partiu da Controladoria Geral da União que fiscalizou escolas municipais entre os anos de 2006 e 2007.Por causa da recomendação do MPF, as aulas da rede pública municipal que deveriam ter começado no ínicio da semana, foram suspensas. Isso porque a maioria dos estudantes utiliza o transporte alternativo para chegar na escola.
Na cidade circulam 145 toyoteiros, 95 são contratados pela prefeitura. Eles dizem que tem autorização para dirigir as toyotas. Os pais dos alunos consideram o veículo até mais seguro que o ônibus escolar, que normalmente fica lotado. Eles dizem também que a Toyota tem tração nas quatro rodas e percorre estradas na zona rural de difícil acesso.
Pode ser que as aulas comecem na próxima semana, mas o município garante não ter recursos para locar outro tipo de transporte. E os motoristas de ônibus também não se interessam em concorrer a licitação. Por mês a prefeitura gastava 200 mil reais em transporte escolar, quase metade era recurso do governo federal.
Se o transporte mudar, o valor dobra “Nós conversamos com algumas empresas e eles disseram que o valor fica entre 400 a 450 mil reais para fazer esse transporte. A prefeitura é pequena e agora estamos com duas obras grandes, escolas sendo reformadas, temos gastos com a merenda e material didático, o dinheiro é pouco.” disse o secretário de educação Luiz de Albuquerque.
Do JC Online
Núcleo SJCC/Caruaru
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