terça-feira, 26 de maio de 2015

Policial preso no Recife facilitava furto de cigarros dentro de delegacia

Do G1 PE
Cigarros estavam dentro de uma Kombi, para serem levados ao comércio do Recife (Foto: Polícia Civil / Divulgação)Cigarros estavam dentro de uma Kombi, para serem levados ao comércio do Recife (Foto: Polícia Civil / Divulgação)
O policial civil preso no último sábado (23) por facilitar o furto de uma carga de cigarroscontrabandeados dentro do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) já havia cometido o crime outras duas vezes, recebendo R$ 2 mil cada. Os detalhes da prisão do policial e também do comerciante que buscava o material apreendido foram apresentados em coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (25).
Os cigarros contrabandeados do Paraguai estavam em um galpão de produtos apreendidos no Depatri, em Afogados, na Zona Oeste do Recife. De acordo com o delegado Osias Tibúrcio, a polícia recebeu uma ligação anônima, contando sobre o crime que ia ser cometido no sábado pela manhã. Neste período, só funciona no Depatri o serviço de Repressão ao Roubo de Veículos, onde o policial que foi preso trabalhava.
"Nós armamos uma campana, no lado de fora do Depatri, por causa da ligação e porque estávamos já sentindo falta de alguns materiais. Foi quando vimos o policial abrindo o portão para uma Kombi entrar. Quando chegamos lá, o veículo já estava carregado com as caixas de cigarro", comentou o delegado. Ao todo, havia no veículo 24 caixas, com 50 maços.
O policial civil e o comerciante confessaram que já tinha cometido o crime duas vezes. Os cigarros eram vendidos principalmente no entorno do Mercado de São José e do Cais de Santa Rita, no Centro do Recife, ao preço de R$ 700 a caixa.
A carga que era furtada esperava há dois meses para ser destruída, de acordo com Osias Tibúrcio. "Como não temos contrato, temos que negociar com uma empresa ou até conseguir de forma amigável. A gente não pode chegar e fazer uma fogueira e destruir, tem que ser algo ambientalmente controlado e até o Ministério Público acompanha a incineração", disse.
O comerciante já tinha passagem pela polícia por receptação de carga roubada e contrabando. A dupla presa foi autuada em flagrante por peculato, por o furto ser cometido por funcionário público, e encaminhada ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

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