Dois membros da quadrilha que atirou contra uma embarcação da Receita Federal foram presos horas após a ação ter sido registrada por uma câmera em Santos, no litoral de São Paulo. Ao ser apresentado no DP, um dos homens debochou da prisão e ficou sorrindo para as câmeras das emissoras de televisão que estavam presentes. A polícia investiga o paradeiro do restante da quadrilha.
As imagens gravadas por uma câmera instalada em uma embarcação da Receita Federal registraram a quadrilha fugindo de barco logo após o grupo cometer um assalto na manhã desta segunda-feira (19). Ao notarem que estavam sendo seguidos pela embarcação da Receita, um dos homens se levanta e efetua disparos contra a câmera.
Ao perceber a presença da polícia, os criminosos resolveram levar uma pessoa como refém antes de entrar no barco. "Eles saíram e quando a gente estava se levantando vimos eles retornando e voltamos a nos deitar todos no chão. Nessa hora um deles disse que ia levar um refém e pegou meu marido", conta a diarista Josefa da Silva Ferreira.As vítimas que presenciaram o assalto relatam que o grupo, que era composto por aproximadamente cinco pessoas, agiu rapidamente. Alguns dos suspeitos estavam armados. "Foi tudo muito rápido. Eles entraram anunciando o assalto e uma moça pediu pra gente se deitar e ficar todo mundo calmo e entregar o que pudesse. Eu tirei minha bolsa que tava do meu lado e joguei na direção deles", afirma.
O refém, José Alves Ferreira, afirma que não foi agredido pela quadrilha, porém foi ameaçado durante todo o trajeto no mar. "Falaram só para eu abaixar a cabeça, para não olhar para eles e diziam pra polícia que iam me matar, iam matar o refém. Eles mandavam [a polícia] se afastar e me diziam pra ficar quieto, calado. Um momento muito angustiante", diz.
Dois membros da quadrilha foram detidos em Santos, momentos após o grupo ter saltado a mureta que fica na orla da praia. "Eles deixaram duas armas dentro de um carrinho que recolhe recicláveis aqui na Ponta da Praia e deixaram também dois coletes à prova de balas embaixo de um veículo. Como o barco virou, eles estavam molhados na hora da abordagem e de primeira eles negaram ter participado do crime, mas depois confessaram a participação", afirma a tenente da Polícia Militar Fúlvia Guisini. O caso está sendo investigado no 3º Distrito Policial da cidade. Ninguém ficou ferido.
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