segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Pesquisa aponta má distribuição de médicos em Pernambuco



Uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Medicina, entre os anos de 2010 e 2012, revelou a má distribuição dos médicos em Pernambuco. Para chegar a esse resultado foi feito um cruzamento de informações, com dados de várias instituições.

Os pernambucanos sentem ao procurar atendimento: a maioria dos médicos trabalha no Recife. Dos quase 14 mil médicos, mais de nove mil estão na capital. São mais de seis profissionais para cada grupo de mil habitantes. Entre as capitais, Recife só perde para Vitória (ES) em concentração de médico em relação ao número de moradores.

“Não há uma distribuição justa para o brasileiro em relação aos médicos nos nossos municípios mais distantes. Porque não há vontade política, não há uma interferência do estado de fato para se lotar em criar um mecanismo de fixação de uma carreira pública para o médico, como acontece com as carreiras do judiciário”, disse Helena Carneiro Leão, presidente do Conselho de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

 Quase a metade dos médicos de Pernambuco é o chamado generalista, não tem especialidade. Entre os que têm especialidade registrada no Conselho de Medicina a maioria é clínica médica, pediatria e ginecologia.

 Do outro lado da tabela, Pernambuco tem apenas três especialistas em genética médica, seis em cirurgia torácica e 11 em radioterapia, fundamental para o tratamento de câncer. O especialista tem a capacidade de descobrir o tratamento mais adequado para o paciente, por isso a pesquisa aponta a necessidade de investir na abertura de novas vagas dos programas de formação de médicos com especialização.

Inclusive para resolver um outro problema, a falta de profissionais no interior. A Secretaria Estadual de Saúde diz que tem investido nos cursos de formação também no interior do estado. “Desenvolvendo sua própria política de gestão de trabalho, como é o caso agora do concurso que nós vamos fazer de forma regionalizada, não vai ser mais por grandes grupos.

 Então cada região de saúde, nós temos 12 regiões de saúde, já tem garantido aquele número definido de médicos que vão passar pelo menos estágio probatório de três anos nessa região”, explicou Cinthia Alves, secretária executiva de Sáude.

 Do G1 PE

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