terça-feira, 26 de abril de 2016

Flanelinha que agrediu motorista com espátula na Savassi deve responder por extorsão

Márcia Costanti, do R7
Fisioterapeuta precisou levar cerca de 20 pontos por causa do corteRecord Minas










O flanelinha que agrediu uma fisioterapeuta com uma espátula no último fim de semana foi autuado em flagrante por extorsão, de acordo com a Polícia Civil. Foi instaurado um inquérito para apurar o caso, que está sob os cuidados da delegada Cláudia Marra. Ela aguarda um laudo da perícia sobre a arma usada no crime para concluir as investigações. Vicente Ângelo Custódio, de 72 anos, permanece detido. 
O fato ocorreu no último sábado (23). Janine Lima estava com a filha de dois anos e uma sobrinha de 11. Ela estacionou o veículo em frente a um prédio na Savassi e, logo que desembarcou, foi abordada pelo suspeito. Ele exigiu que ela lhe entregasse R$ 5 como "pagamento adiantado". A fisioterapeuta recusou e decidiu deixar o local para parar em outra vaga. Ao virar para retornar ao automóvel, no entanto, ela foi surpreendida por um golpe de espátula no braço. Por causa do ferimento, a vítima precisou levar cerca de 20 pontos. 
Testemunhas ajudaram a conter o flanelinha, que foi preso pela Polícia Militar após o ocorrido. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, ele é credenciado no programa Lavadores e Guardadores de Carros desde janeiro de 2001. Agora, ele deverá ser suspenso e não terá a possibilidade de ser redacastrado, já que houve extorsão e lesão corporal. 

A PBH esclareceu ainda que a equipe de fiscalização da regional centro-sul, em parceria com a PM, realiza ações periódicas e programadas para combater o exercício irregular da atividade em questão. Conforme o órgão, também são efetuadas "abordagens diariamente aos credenciados no programa, para o acompanhamento das atividades na via pública, com o intuito de orientá-los e adverti-los em conformidade à legislação que regulamenta a profissão". 
Motoristas denunciam que ameaça e extorsão são comuns entre os flanelinhas da capital. Atualmente, há 1.200 cadastrados e outros 5.000 que atuam na clandestinidade. Conforme o capitão Flávio Santiago, 50 pessoas foram presas na cidade no último mês por causa da prática de extorsão. 

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