quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Prefeitos protestam em caçamba de caminhão



Em cima da caçamba de um caminhão e à frente de uma faixa com os dizeres “Luto pelo Federalismo”, 24 prefeitos pernambucanos protestaram nesta quarta-feira (30) contra a diminuição nos repasses federais aos municípios.

O ato, que ocorreu na cidade de Carpina, foi organizado pelo Consórcio dos Municípios da Mata Norte e Agreste Setentrional (COMANAS), que orientou aos gestores entrarem em greve. Nenhum dos Executivos que aderiu à manifestação funcionou durante o dia.

 Para reforçar a campanha, um grupo de populares ligados aos políticos chegou a interditar a BR-408 nos dois sentidos. A manifestação foi organizada pelo Consórcio dos Municípios da Mata Norte e Agreste Setentrional (Comanas) e teve a participação da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

 De acordo com o presidente da Amupe, José Patriota, a população estaria sofrendo por causa da queda no valor do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Os prefeitos estão aperreados por não terem condições de pagar os funcionários e fornecedores, que amanhecem na porta cobrando salários e cestas básicas.

Os prefeitos estão sem condições de cumprirem o que foi prometido durante a campanha”, disse. O presidente Comanas, Belarmino Vasquez, afirmou que a proposta da manifestação era chamar atenção da presidente Dilma. “Não somos contra o governo federal, somos a favor da autonomia dos municípios.

Os municípios do interior do estado, cidades de pequeno porte, dependem exclusivamente do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), mas só que o repasse esta chegando a um ponto critico”, declarou.

Ele reforça que o risco seria chegar a um momento em que precisariam ser feitos cortes no funcionalismo, por falta de dinheiro para pagamento da folha O prefeito de Feira Nova, Nicodemos Ferreira, lembrou de dificuldades enfrentada pelo município, no ano passado.

 “Tivemos uma perda de mais de R$ 2 milhões, em 2012, isso é muito dinheiro para um município pequeno como o nosso. Essas perdas com o FPM, com o IPI, tiveram que cortar salários, demitir pessoas e deixar de investir”, desabafou.

Ao final do dia foi elaborada uma carta, que será enviada a Presidente Dilma Rousseff (PT), ao Congresso Nacional, ao Senado e à Alepe.

 Fonte: DIARIO DE PERNAMBUCO

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