Foto: Polícia Federal/ Divulgação
Duas retroescavadeiras e um caminhão caçamba obtidos com recurso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) estariam sendo utilizados de forma irregular pelo Secretário de Planejamento de Serrita, no Sertão do Estado. O material foi utilizado por Rodrigo Cecílio, que também é filho do prefeito do mesmo município, Carlos Cecílio, durante reforma no açude da Fazenda Minador, pertencente a ele. Os equipamentos foram apreendidos após denúncia anônima feita à Polícia Federal (PF) em Salgueiro na última segunda-feira (11).
No momento da ação feita pela polícia, o funcionário e proprietário da Fazenda não foi encontrado no local. Trabalhadores que operavam as máquinas, no entanto, foram conduzidos à Delegacia de Salgueiro, também no Sertão do Estado.
Durante depoimento, os envolvidos admitiram que receberam a determinação tanto do Secretário de Agricultura quanto do Secretário de Planejamento para trabalharem na fazenda em questão. Eles também informaram que o combustível usado nas máquinas foi pago pela Prefeitura de Serrita e que o posto utilizado para abastecimento pertence ao filho do prefeito.
Além disso, os operadores afirmaram estar recebendo dinheiro da prefeitura do município para trabalhar no local desde a última sexta-feira (8). Ainda de acordo com a PF, foi registrada uma ocorrência no Ministério Público após um idoso de 78 anos, morador do sítio Umari, ter requisitado, sem sucesso, uma retroescavadeira a repartições públicas de Serrita.
Informações repassadas pela população reforçam que, desde abril, as máquinas servem exclusivamente aos interesses particulares dos familiares do prefeito e de seus aliados. De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia, não houve flagrante, já que o funcionário não foi visto no local.
No entanto, um inquérito Policial foi instaurado e todos os envolvidos serão chamados até a Delegacia de Salgueiro para prestar esclarecimentos. Caso haja comprovação do fato, os políticos serão autuados através do Decreto Lei 201/67, com penas que variam de 2 a 12 anos de reclusão.
Do JC Online
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