quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Agricultores alimentam animais com erva daninha durante a seca em PE

Do G1 Caruaru com TV Asa Branca









Agricultores usam a malva - uma erva daninha - para alimentar os animais durante a estiagem emSerra Talhada, no Sertão de Pernambuco. Segundo o ambientalista Homembom Magalhães, a malva é uma erva que não prejudica o bioma da caatinga e não precisa de muitos cuidados para o cultivo. Ela é usada para alimentar galinhas, vacas e porcos.
O ambientalista explicou que a erva não precisa ser plantada ou irrigada. Ele espalha as sementes da malva na terra com a ajuda do vento. Segundo ele, a planta ajuda a proteger o solo e é usada para alimentar os animais no sítio onde ele mora na zona rural.
Homembom Magalhães explicou que é preciso respeitar os recursos disponibilizados pela natureza. "Seja responsável pelo uso dos recursos naturais. A água, o vento, tudo isso você tem que aproveitar. Nunca tirar uma planta nativa da caatinga e colocar outra porque essa que é adaptada para viver no semiárido".
A erva daninha malva é usada para alimentar animais durante a seca em PE (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)Malva é usada para alimentar animais durante
a seca (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)








Os agricultores usam a erva quando ela ainda está verde - colocam na máquina forrageira e a malva já sai triturada. Segundo Magalhães, quanto mais moída, melhor para o animal comer. Depois de triturada, ela é estocada em sacos que ficam fechados durante 120 dias.
Magalhães explicou que elas precisam esperar os quatro meses para que ocorra o processo de fermentação, essencial para a retirada da acidez e toxinas da erva, e para liberar as vitaminas necessárias para os animais. Só depois disso, pode ser servida. Um saco com 60 quilos pode alimentar uma vaca por quatro dias.

No estoque de Magalhães há 10 sacos de 60 quilos cada. O suficiente para alimentar, junto com a ração, as 3 mil galinhas e 120 porcos durante dois meses. "Entra a economia da ração e está fácil de buscar. A mão de obra é menor e o animal não precisa andar para buscar essa alimentação", afirmou o ambientalista.
Para o gerente regional do Instituto Agrônomo de Pernambuco (IPA), Fernando Nogueira, "essas plantas tem um potencial muito grande de alimentação. Tanto dos bovinos e caprinos, quanto das aves. O que mais se caracteriza aqui na região é a ultilização delas na alimentação de aves.

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