sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sílvio Guimarães revela débitos de antecessor


O dia seguinte ao empate que decretou o rebaixamento do Sport para a Série B em 2010 foi de lavagem de roupa suja. O presidente Sílvio Guimarães resolveu abrir a "caixa-preta" do clube e mostrar todos os débitos deixados pelo seu antecessor, Milton Bivar.

Foi a resposta do dirigente à carta aberta de Milton publicada na quarta-feira, onde ele exalta suas realizações à frente do Leão. Sílvio também utilizou um trecho da carta para lançar um desafio ao ex-companheiro e agora opositor: "Ele diz que quer voltar ao clube um dia. Pois eu e minha equipe renunciamos para ele assumir a presidência".

Entre os números apresentados por Guimarães, destaca-se a cota de participação do Sport no Campeonato Pernambucano. "O Sport recebeu antecipadamente dinheiro referente à prismas e transmissão até 2014", enfatizou. E continuou ao lembrar as informações prestadas quando tornou-se candidato, no fim do ano passado. "Ele disse que deixou R$ 1 milhão no caixa. Quando assumi havia apenas R$ 77 mil".

A cota do Clube dos 13, referente à participação no Campeonato Brasileiro também teve um adiantamento de R$ 2 milhões. De acordo com Sílvio, o ex-presidente fez isso para saldar o 13º dos funcionários. "Quando eu assumi havia débito dos meses de novembro, dezembro e 13º dos anos de 2007 e 2008, que, somados, chegavam a mais de um milhão de reais.

A respeito de acusações de que teria demitido vários dirigentes da gestão anterior, o mandatário leonino defendeu-se dizendo que todos pediram exoneração. "E as cartas foram bem amáveis". Os dirigentes foram os vices-presidentes Carlos Frederico (marketing), Guilherme Beltrão (futebol) e Celso Stamford (engenharia e patrimônio).

Ao afirmar taxativa e veementemente que não era mais amigo de Milton, Sílvio deixou a entender que a carta divulgada pelo ex-presidente teve a intenção de jogar ainda mais a torcida contra ele, já que no mesmo dia o rebaixamento do clube se confirmava.

"Ele poderia ser leal comigo como fui com ele durante dois anos (Sílvio foi vice de Milton). Mas fez isso premeditadamente porque achava que o Sport seria goleado", apontou.

Por fim, esclareceu que no primeiro momento não era ele o candidato à presidência. "Houve uma reunião na casa dele e ficou definido que Carlos Frederico seria o presidente; Adalberto Guerra, vice; eu na presidência do Conselho e ele na vice. Três ou quatro dias depois ele me ligou dizendo que o candidato não tinha densidade eleitoral e perguntou se eu aceitaria, pois seria o único a ganhar da candidatura da oposição (Homero Lacerda era o candidato)", explicou.

Do JC Online
Com informações da Rádio Jornal

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