quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Homem fuma 115 mil cigarros de maconha medicinal e estabelece recorde


Um corretor da Bolsa de Valores de 56 anos bateu o recorde de consumo legal de maconha nos Estados Unidos. Irvin Rosenfeld, de 56 anos, fumou 115 mil cigarros da droga, uma média de 10 a 12 por dia nos últimos 28 anos. E quem fornece a maconha a ele é o próprio governo norte-americano.

Paciente de um tipo raro de câncer ósseo, Rosenfeld recebe um carregamento de 300 cigarros de maconha por mês. A droga é parte do seu tratamento médico, e vem ganhando mais espaço nos Estados Unidos com o governo de Barack Obama.

"Ninguém no mundo pode provar que fumou 115 mil cigarros de cannabis", disse o corretor à rede norte-americana de TV ABC.

"Sou a prova viva de que a maconha medicinal é um verdadeiro remédio", disse, alegando que a droga funciona como relaxante muscular, anti-inflamatório, analgésico e impede o crescimento dos tumores. Ele diz que não sente nenhuma alteração de estado de consciência.



O corretor alega que a maconha o ajuda a manter uma vida normal. Ele é casado há 36 anos e trabalha normalmente todos os dias. Ele começou a receber a droga do governo em 1982, se tornando o segundo paciente no país a se beneficiar de um protocolo do governo federal sobre a maconha.



Cannabis Cafe

Neste mês os defensores da legalização da maconha conseguiram uma vitória com a inauguração de um bar em que o consumo e o comércio de maconha é

liberado.

A exemplo do que acontece nos tradicionais coffee shops da Holanda, o Cannabis Café é o primeiro lugar em que os usuários da droga podem se reunir e consumi-la sem risco de ter problemas com a polícia, contanto que haja um registro da necessidade uso por motivos medicinais. Seu surgimento está sendo considerado pelas organizações que lutam pela descriminalização da maconha como um dos principais avanços recentes no país, um reflexo de maior tolerância por parte do governo do presidente Barack Obama.


“Sem dúvida o governo Obama tem ajudado nosso trabalho. Houve uma mudança clara e absoluta de política e interpretação da lei”, disse Allen St. Pierre, diretor da Organização Nacional pela Reforma das Leis de Maconha (Norml, da sigla em inglês), um dos principais grupos defensores da legalização da droga nos Estados Unidos e responsáveis pelo recém-inaugurado café, em entrevista ao G1.

“Apesar de Obama dizer ser contra a legalização total da droga, ele pode ser creditado pelas mudanças que relaxam a repressão à maconha medicinal”, disse. O governo dos EUA anunciou em outubro que não vai mais reprimir o consumo de maconha para uso médico nos Estados do país nos quais ele é permitido. Um documento pede aos procuradores para que não usem recursos federais contra "indivíduos cujas ações estão em cumprimento claro e inequívoco das leis estaduais existentes relacionadas ao uso médico da maconha".

Do G1, em São Paulo

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