quinta-feira, 7 de maio de 2009

Prefeito do DEM adere a Eduardo


FREI MIGUELINHO - A onda adesista deflagrada nesta maratona do governador Eduardo Campos (PSB) pelo Agreste Setentrional passou com força por este município, ontem, e promete fazer mais uma baixa nas fileiras oposicionistas com vistas a 2010. Depois do prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo (PSDB), foi a vez do gestor de Frei Miguelinho, Lula da Capivara (DEM), dizer que não fará oposição ao governador por tudo que o socialista tem feito pela cidade. Com isso, Eduardo praticamente garantiu mais um apoio para sua reeleição e complicou, ainda mais, a situação do DEM, que só fez 19 prefeitos em 2008.


“Não tem como fazer oposição ao governador por tudo que ele já fez pelo município”, confessou Lula da Capivara, que estava ao lado do socialista, em reunião na prefeitura, quando deu a declaração. Eduardo - que já recebeu dois apoios de prefeitos do DEM - sorriu ao ouvir o agrado. Recentemente, o gestor de São José da Coroa Grande, José Barbosa, tornou pública sua intenção de votar no socialista, nas eleições do próximo ano. Após sofrer pressão dos democratas, tentou voltar atrás dizendo ter sido mal interpretado. João Adauto Carvalho, o Dadau, de Tacaratu, também já confirmou voto em Eduardo.
Lula da Capivara deu sinais de que fará a travessia, no discurso que fez no distrito de Lagoa João Carlos, em agradecimento à pavimentação do acesso à localidade, entregue pelo Estado, ontem. “O governador tem boa intenção, faz um governo transparente. Isso nos deixa muito gratos. A gente nunca viu um governador atuando, participando de tudo, visitando os povoados. Ele trabalha e ajuda os prefeitos sem fazer distinção”, pontuou o democrata, que já vota em um governista para deputado estadual: Clodoaldo Magalhães (PTB).



Receio
Com receio de transformar sua maratona administrativa em ato político, Eduardo Campos não quis dar mais corda à onda adesista. Esquivou-se, lançando mão do seu famoso mantra: “2010 só em 2010”, quando perguntado. Nos seus discursos, o socialista reafirmou que tem evitado fazer picuinha política nos municípios por onde passa. Questionado se estava difícil administrar as brigas entre aliados, ele minimizou e disse não ter problema. “Essas brigas já existiam há mais de 50 anos e continuarão existindo. A eleição municipal é diferente da estadual”, avaliou.
ARTHUR CUNHA
Enviado especial(FOLHA DE PERNAMBUCO)

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